Publicada em 9/5/2020
MORO É MUITO PIOR QUE O “MITO”
*Por: Fernando Silva, com foto Valter Campanato / Agência Brasil
E começou o ridículo duelo do faroeste tupiniquim. Jair Messias Bolsonaro e Sérgio Fernando Moro têm um encontro marcado ao por do sol. O Planalto Central será palco da troca de tiros.
As consequências dos disparos são imprevisíveis.
Um empate no tiroteio não está descartado. Portanto, a derrota de ambos não surpreenderá à digníssima plateia. Esse tipo de epílogo, embora inusitado, não é inédito. Os filmes de bang bang registram cenas épicas com final fatal para os protagonistas(bandidos x mocinhos). Nesse caso, os dois atiram com precisão simultânea e atingem o coração, um do outro.
Uma sutileza não passa despercebida nessa narrativa: Jair Bolsonaro é superior a Sérgio Moro em princípios éticos e morais. O togado de Maringá é neófito em quase tudo. Pouco entende da arte de fazer política.
O presidente da República é tosco, ignorante, irresponsável e agressivo. E não apenas isso. Poderia enumerar aqui muitos outros termos negativos para definir o ídolo da extrema - direita brasileira.
Mas essa coleção de “adjetivos” não ofusca o brilho maior do eventual morador do Palácio do Planalto: a autenticidade. Bolsonaro merece todos os epítetos depreciativos. Mas o capitão é um adversário leal, joga às claras. O político carioca não tem a mínima preocupação em esconder suas degenerações humanas. O seu ponto de vista sobre qualquer assunto é colocado sem subterfúgios, mesmo quando provoca repugnância.
O antigo oficial da armada (tenente) foi um militar desprezível. Deixou o Exército Brasileiro pelas portas do fundo. Entrou para a política e se despontou como um deputado medíocre. Permaneceu por quase três décadas na Câmara Federal e não produziu nada de interessante para a população. Jamais participou de comissões temáticas. O tempo todo “legislou” em benefício de sua família e apaniguados. Jair nunca escondeu essa abjeta atitude de homem público.
Uma coisa, porém, é certa: o eleitor bolsonarista jamais poderá recorrer ao Procon. É claro. O produto exibido na vitrine chegou intacto à clientela. Vendeu-se o que se anunciou, sem imposturas. Bolsonaro, portanto, é a mais complexa aberração política.
Sérgio Moro é a antítese a tudo isso. O ex- juiz de primeira instância tem comportamento de quinta categoria. Moro é dono de uma desonestidade intelectual gritante. O sujeito usa os mais sórdidos artifícios para alcançar os fins. É frio, calculista, duro, insensível e dissimulado. Não se constrange em lançar mão de artifícios nitidamente fascistas para subir na vida.
Exemplo: encarcerou um ex-presidente, sem provas. Engabelou até a elite do judiciário para manter Lula na cadeia. Nos autos produzidos pelo dono da Lava Jato não há mínima prova de que o petista é dono do tríplex do Guarujá. Mas Moro enjaulou o “companheiro” e garantiu a vitória do candidato de sua predileção.
Tudo muito bem arquitetado. E, como recompensa, imaginou que ganharia o Ministério da Justiça com as porteiras fechadas. Santa inocência. O próximo passo seria a demolição do chefe. A malandragem estava desenhada. Sérgio daria a rasteira institucional e se apresentaria como o candidato do estamento ultraconservador, em 2022. O tacanho magistrado só se esqueceu de uma lógica: Jair Bolsonaro é tosco, mas não bobo.
O Mito anteviu a malevolência do “marreco” e reagiu. Resultado: o pop star da Rede Globo caiu numa frigideira, em alta temperatura. E acabou escorraçado da Esplanada dos Ministérios. Ato final: o astro da república de Curitiba revelou o seu verdadeiro caráter para todo o país. Acuado, vazou suas conversas íntimas com o presidente no telejornal de maior audiência do Brasil. Ali, a traíra emergiu-se do lago negro do bolsonarismo.
A briga de Moro com Bolsonaro promete fortes emoções nos próximos capítulos. Afinal, quem dará o beijo da morte: o asno rude ou a besta dissimulada?
*Por: Fernando Silva, com foto Valter Campanato / Agência Brasil
E começou o ridículo duelo do faroeste tupiniquim. Jair Messias Bolsonaro e Sérgio Fernando Moro têm um encontro marcado ao por do sol. O Planalto Central será palco da troca de tiros.
As consequências dos disparos são imprevisíveis.
Um empate no tiroteio não está descartado. Portanto, a derrota de ambos não surpreenderá à digníssima plateia. Esse tipo de epílogo, embora inusitado, não é inédito. Os filmes de bang bang registram cenas épicas com final fatal para os protagonistas(bandidos x mocinhos). Nesse caso, os dois atiram com precisão simultânea e atingem o coração, um do outro.
Uma sutileza não passa despercebida nessa narrativa: Jair Bolsonaro é superior a Sérgio Moro em princípios éticos e morais. O togado de Maringá é neófito em quase tudo. Pouco entende da arte de fazer política.
O presidente da República é tosco, ignorante, irresponsável e agressivo. E não apenas isso. Poderia enumerar aqui muitos outros termos negativos para definir o ídolo da extrema - direita brasileira.
Mas essa coleção de “adjetivos” não ofusca o brilho maior do eventual morador do Palácio do Planalto: a autenticidade. Bolsonaro merece todos os epítetos depreciativos. Mas o capitão é um adversário leal, joga às claras. O político carioca não tem a mínima preocupação em esconder suas degenerações humanas. O seu ponto de vista sobre qualquer assunto é colocado sem subterfúgios, mesmo quando provoca repugnância.
O antigo oficial da armada (tenente) foi um militar desprezível. Deixou o Exército Brasileiro pelas portas do fundo. Entrou para a política e se despontou como um deputado medíocre. Permaneceu por quase três décadas na Câmara Federal e não produziu nada de interessante para a população. Jamais participou de comissões temáticas. O tempo todo “legislou” em benefício de sua família e apaniguados. Jair nunca escondeu essa abjeta atitude de homem público.
Uma coisa, porém, é certa: o eleitor bolsonarista jamais poderá recorrer ao Procon. É claro. O produto exibido na vitrine chegou intacto à clientela. Vendeu-se o que se anunciou, sem imposturas. Bolsonaro, portanto, é a mais complexa aberração política.
Sérgio Moro é a antítese a tudo isso. O ex- juiz de primeira instância tem comportamento de quinta categoria. Moro é dono de uma desonestidade intelectual gritante. O sujeito usa os mais sórdidos artifícios para alcançar os fins. É frio, calculista, duro, insensível e dissimulado. Não se constrange em lançar mão de artifícios nitidamente fascistas para subir na vida.
Exemplo: encarcerou um ex-presidente, sem provas. Engabelou até a elite do judiciário para manter Lula na cadeia. Nos autos produzidos pelo dono da Lava Jato não há mínima prova de que o petista é dono do tríplex do Guarujá. Mas Moro enjaulou o “companheiro” e garantiu a vitória do candidato de sua predileção.
Tudo muito bem arquitetado. E, como recompensa, imaginou que ganharia o Ministério da Justiça com as porteiras fechadas. Santa inocência. O próximo passo seria a demolição do chefe. A malandragem estava desenhada. Sérgio daria a rasteira institucional e se apresentaria como o candidato do estamento ultraconservador, em 2022. O tacanho magistrado só se esqueceu de uma lógica: Jair Bolsonaro é tosco, mas não bobo.
O Mito anteviu a malevolência do “marreco” e reagiu. Resultado: o pop star da Rede Globo caiu numa frigideira, em alta temperatura. E acabou escorraçado da Esplanada dos Ministérios. Ato final: o astro da república de Curitiba revelou o seu verdadeiro caráter para todo o país. Acuado, vazou suas conversas íntimas com o presidente no telejornal de maior audiência do Brasil. Ali, a traíra emergiu-se do lago negro do bolsonarismo.
A briga de Moro com Bolsonaro promete fortes emoções nos próximos capítulos. Afinal, quem dará o beijo da morte: o asno rude ou a besta dissimulada?