Publicada em 2/5/2020
A maior tragédia da história: o Brasil mergulhará no caos sanitário, econômico, social e político
Por: Fernando Silva
Primeiro de maio de 2020: um marco histórico. Essa data ilustrará os livros da pior maneira possível. É simbólico. No Dia do Trabalhador, o Brasil mergulhou no mais complexo drama de todos os tempos. Essa geração será protagonista da tragédia maior. Milhões de pessoas morrerão nos quatro cantos do planeta nos próximos meses. É lamentável.
A hecatombe global pegou a “Terra de Santa Cruz” com as calças nas mãos. A pandemia do Coronavírus será avassaladora abaixo da linha do equador. O país contabilizará de 10 mil a 15 mil mortos em sua macabra estatística, até os últimos dias de maio. E, mais preocupante: estamos apenas nos capítulos iniciais dessa catástrofe.
Ninguém sabe aonde isso vai parar. Pitonisa alguma consegue enxergar o tal platô na linha do horizonte. Alguns cientistas acreditam que o vírus permanecerá entre nós por pelo menos dois anos. E nada será com antes.
Em meio a toda essa comoção, o presidente Jair Bolsonaro fez tétrica mudança ministerial. Substituiu Luiz Mandetta por Nelson Teich. E aqui não se trata de simples troca de seis por meia dúzia. A manobra foi muito mais radical. O chefe do Executivo nacional tirou competência e credibilidade (o ex- ministro contava com o apoio de 76% da população) e colocou no cenário um misto de imobilismo com desqualificação técnica. Teich não tem capacidade para ocupar o cargo. O médico carioca assumiu e se perdeu no meio de cadáveres. Resumo do horror: saiu um ministro, entrou um sinistro.
O indefeso povo conta com uma única opção no caótico quadro: suplicar pela intervenção de uma Força Superior. Os brasileiros esperam que Deus tenha compaixão desse país abençoado por Ele e bonito por natureza. A ordem do dia é orar até se cansar de rezar. Esse fervor independe da concepção que se faça do “todo poderoso”. Afinal, cada um confia no deus que merece. O tipo de crença não tem a mínima importância nessa hora. O fundamental agora é clamar por um amparo celestial o dia inteiro. A noite toda também. Essa é a expectativa do momento.
Bolsonaro tirou a sorte grande na loteria da política. O milico de pijama faturou a Mega - Sena eleitoral. Duas circunstâncias pragmáticas possibilitaram a chegada do “Mito” ao poder: a onda antipetista e a “providencial” facada desferida pelo psicopata Adélio Bispo. Há males que vem para o mal.
Bolsonaro passou 28 anos nas entranhas do baixo clero do Legislativo tupiniquim. Sempre foi um parlamentar medíocre, omisso. Não produziu nada de útil na Câmara Federal. Praticou o clientelismo familiar por quase três décadas. Jamais sonhou remotamente morar no Palácio da Alvorada. Mas aí o inusitado fez uma surpresa e o antigo militar tresloucado subiu as rampas do Planalto. Ernesto Geisel revirou em seu túmulo. O general ex-presidente detestava Bolsonaro.
E não aconteceria nada, além disso. A saga do Mito acabaria aqui. Os compêndios registrariam apenas a passagem de um personagem exótico pelos corredores dos edifícios públicos da capital federal. Mas, não. O destino botou um timoneiro tosco na direção do país nesse instante desesperador. E aqui está a pergunta que insiste não silenciar: afinal, quem é mais azarado? A chamada pátria amada ou o antigo oficial do Exército?
O Brasil se lascou de vez, logo na ocasião mais lúgubre de sua existência. O Estado Nacional está nas mãos de um piromaníaco inconsequente. O mandarim tapuia taca fogo o tempo todo na pira mortuária. Bolsonaro ganhou na rifa, porém jogou o bilhete premiado na lata de lixo . E a desgraceira toda está apenas no limiar.
O pós-pandemia será assustador. Lá na frente, a população terá um encontro marcado com o maior desastre social e econômico de todos os tempos. O desemprego atingirá patamares inimagináveis por volta de dezembro. A miséria prosperará em companhia do desespero. A violência urbana crescerá de forma alarmante. E tem um indigesto aperitivo a mais( como se isso fosse possível): uma grave crise política está em maturação. Jair elevará ainda mais a temperatura do inferno, em pleno inverno. Pode apostar. Quem sobreviver verá . Alea jacta est.
Por: Fernando Silva
Primeiro de maio de 2020: um marco histórico. Essa data ilustrará os livros da pior maneira possível. É simbólico. No Dia do Trabalhador, o Brasil mergulhou no mais complexo drama de todos os tempos. Essa geração será protagonista da tragédia maior. Milhões de pessoas morrerão nos quatro cantos do planeta nos próximos meses. É lamentável.
A hecatombe global pegou a “Terra de Santa Cruz” com as calças nas mãos. A pandemia do Coronavírus será avassaladora abaixo da linha do equador. O país contabilizará de 10 mil a 15 mil mortos em sua macabra estatística, até os últimos dias de maio. E, mais preocupante: estamos apenas nos capítulos iniciais dessa catástrofe.
Ninguém sabe aonde isso vai parar. Pitonisa alguma consegue enxergar o tal platô na linha do horizonte. Alguns cientistas acreditam que o vírus permanecerá entre nós por pelo menos dois anos. E nada será com antes.
Em meio a toda essa comoção, o presidente Jair Bolsonaro fez tétrica mudança ministerial. Substituiu Luiz Mandetta por Nelson Teich. E aqui não se trata de simples troca de seis por meia dúzia. A manobra foi muito mais radical. O chefe do Executivo nacional tirou competência e credibilidade (o ex- ministro contava com o apoio de 76% da população) e colocou no cenário um misto de imobilismo com desqualificação técnica. Teich não tem capacidade para ocupar o cargo. O médico carioca assumiu e se perdeu no meio de cadáveres. Resumo do horror: saiu um ministro, entrou um sinistro.
O indefeso povo conta com uma única opção no caótico quadro: suplicar pela intervenção de uma Força Superior. Os brasileiros esperam que Deus tenha compaixão desse país abençoado por Ele e bonito por natureza. A ordem do dia é orar até se cansar de rezar. Esse fervor independe da concepção que se faça do “todo poderoso”. Afinal, cada um confia no deus que merece. O tipo de crença não tem a mínima importância nessa hora. O fundamental agora é clamar por um amparo celestial o dia inteiro. A noite toda também. Essa é a expectativa do momento.
Bolsonaro tirou a sorte grande na loteria da política. O milico de pijama faturou a Mega - Sena eleitoral. Duas circunstâncias pragmáticas possibilitaram a chegada do “Mito” ao poder: a onda antipetista e a “providencial” facada desferida pelo psicopata Adélio Bispo. Há males que vem para o mal.
Bolsonaro passou 28 anos nas entranhas do baixo clero do Legislativo tupiniquim. Sempre foi um parlamentar medíocre, omisso. Não produziu nada de útil na Câmara Federal. Praticou o clientelismo familiar por quase três décadas. Jamais sonhou remotamente morar no Palácio da Alvorada. Mas aí o inusitado fez uma surpresa e o antigo militar tresloucado subiu as rampas do Planalto. Ernesto Geisel revirou em seu túmulo. O general ex-presidente detestava Bolsonaro.
E não aconteceria nada, além disso. A saga do Mito acabaria aqui. Os compêndios registrariam apenas a passagem de um personagem exótico pelos corredores dos edifícios públicos da capital federal. Mas, não. O destino botou um timoneiro tosco na direção do país nesse instante desesperador. E aqui está a pergunta que insiste não silenciar: afinal, quem é mais azarado? A chamada pátria amada ou o antigo oficial do Exército?
O Brasil se lascou de vez, logo na ocasião mais lúgubre de sua existência. O Estado Nacional está nas mãos de um piromaníaco inconsequente. O mandarim tapuia taca fogo o tempo todo na pira mortuária. Bolsonaro ganhou na rifa, porém jogou o bilhete premiado na lata de lixo . E a desgraceira toda está apenas no limiar.
O pós-pandemia será assustador. Lá na frente, a população terá um encontro marcado com o maior desastre social e econômico de todos os tempos. O desemprego atingirá patamares inimagináveis por volta de dezembro. A miséria prosperará em companhia do desespero. A violência urbana crescerá de forma alarmante. E tem um indigesto aperitivo a mais( como se isso fosse possível): uma grave crise política está em maturação. Jair elevará ainda mais a temperatura do inferno, em pleno inverno. Pode apostar. Quem sobreviver verá . Alea jacta est.