Publicada em 4/1/2020
O ANO DE 2020 SERÁ O RUBICÃO DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO
Por:Fernando Silva
Um dos momentos mais marcantes da história da humanidade foi a travessia do rio Rubicão por Júlio César, no ano 49AC. Naquela oportunidade, Roma era governada conjuntamente por dois cônsules: Pompeu e Júlio Cesar. O primeiro administrava a cidade/ estado. O segundo retornava de uma temporada de grandes conquistas bélicas para o império.
César comandava uma eficiente legião formada por milhares de soldados. E agora, após conquistar a Gália, tinha um objetivo: derrubar Pompeu para se tornar ditador vitalício. Para isso, teria que superar um acidente geográfico e um empecilho legal. O pequeno rio Rubicão era a fronteira natural entre a Gália Cisalpina e a Itália. Um comandante de legionários só poderia atravessá-lo com sua tropa com autorização do Senado.
Júlio César ignorou essa proibição. Desafiou a lei e ultrapassou solenemente as águas do Rubicão com o seu exército. E, já no lado romano, pronunciou uma das mais célebres frases da história: “Alea Jacta Est” (Está lançada a sorte). Tamanha ousadia teve fundamental consequência prática: Júlio liquidou Pompeu e tornou-se imperador. E nunca mais o mundo foi o mesmo.
Esse episódio histórico é apenas uma âncora para mostrar as perspectivas de 2020, para o Brasil. O novo ano será o Rubicão do presidente Jair Bolsonaro. Os primeiros 12 meses do governo foram muito confusos. Jair praticamente criou uma crise a cada dia. O Palácio do Planalto se transformou numa fábrica de polêmicas. Quase todas engendradas pelo próprio chefe do executivo.
As atitudes bizarras e o palavreado tosco de Bolsonaro são prato feito para discípulos de Freud. Os filhos do presidente ajudaram muito no processo de desconstrução político/ administrativa do governo. Hoje o país vive sob um exótico parlamentarismo informal. O deputado Rodrigo Maia- presidente da Câmara- é uma espécie de “premier” desse paraíso das bananas.
Bolsonaro, em seu cotidiano, continua agindo como deputado do baixíssimo clero, o que jamais deixou de ser. Não respeita ninguém. Não tem a mínima consideração pela sua equipe de governo. Fritou Gustavo Bebianno em praça pública sem o menor constrangimento. O antigo secretário-geral da presidência da República teve a “petulância” de se desentender com o vereador Carlos, popular Carluxo, o filho 02 do presidente. Jair ainda transformou o pretenso super ministro Sérgio Mouro num zumbi palaciano.
E, mais: meteu o bedelho na política interna de países vizinhos e provocou sérias trapalhadas. O presidente fere o decoro cotidianamente. O “mito” sem causa ainda não compreendeu a extensão do cargo que ocupa.
Os desatinos presidenciais têm um elevado custo político: em 365 dias, o mandatário maior do país perdeu o apoio de 2/3 do seu eleitorado. Uma façanha. Os eleitores anti- PT já não confiam tanto no “ilustre” morador do palácio da Alvorada. Bolsonaro ainda conta com a fidelidade de 1/3 dos eleitores. Essa fração é formada pelos bolsonaristas raiz. Aquela parcela da população fiel ao presidente em quaisquer circunstâncias.
Mas, não se iludam. O ano de 2020 será o Rubicão de Jair Bolsonaro. A sorte está lançada. O chefe de governo (e de estado) terá um caudaloso rio pela frente (ao contrário do Rubicão, que era quase um riacho).
O principal problema atende pelo nome Fabrício Queiroz. A situação do filho 01, senador Flávio Bolsonaro, tende a ficar insustentável. A investigação do Ministério Público carioca entrou numa fase crítica. E tudo está só no começo. E há um fator de alto risco para Jair e seu governo: os R$ 25 mil que o “faz tudo da família” depositou na conta bancária de Michele de Paula, a primeira dama do Brasil.
E tem outra delicada encrenca pela frente. A pergunta que insiste não calar: o que a família Bolsonaro tem a ver com os milicianos cariocas? Essa dúvida será respondidas pelo perigoso 2020.
O capitão pisa em ovos. A fatídica palavra impeachment começa a ser pronunciada claramente nos meios políticos e empresariais. Já pode até ser lida nas páginas dos grandes jornais. Alea Jacta Est.
Por:Fernando Silva
Um dos momentos mais marcantes da história da humanidade foi a travessia do rio Rubicão por Júlio César, no ano 49AC. Naquela oportunidade, Roma era governada conjuntamente por dois cônsules: Pompeu e Júlio Cesar. O primeiro administrava a cidade/ estado. O segundo retornava de uma temporada de grandes conquistas bélicas para o império.
César comandava uma eficiente legião formada por milhares de soldados. E agora, após conquistar a Gália, tinha um objetivo: derrubar Pompeu para se tornar ditador vitalício. Para isso, teria que superar um acidente geográfico e um empecilho legal. O pequeno rio Rubicão era a fronteira natural entre a Gália Cisalpina e a Itália. Um comandante de legionários só poderia atravessá-lo com sua tropa com autorização do Senado.
Júlio César ignorou essa proibição. Desafiou a lei e ultrapassou solenemente as águas do Rubicão com o seu exército. E, já no lado romano, pronunciou uma das mais célebres frases da história: “Alea Jacta Est” (Está lançada a sorte). Tamanha ousadia teve fundamental consequência prática: Júlio liquidou Pompeu e tornou-se imperador. E nunca mais o mundo foi o mesmo.
Esse episódio histórico é apenas uma âncora para mostrar as perspectivas de 2020, para o Brasil. O novo ano será o Rubicão do presidente Jair Bolsonaro. Os primeiros 12 meses do governo foram muito confusos. Jair praticamente criou uma crise a cada dia. O Palácio do Planalto se transformou numa fábrica de polêmicas. Quase todas engendradas pelo próprio chefe do executivo.
As atitudes bizarras e o palavreado tosco de Bolsonaro são prato feito para discípulos de Freud. Os filhos do presidente ajudaram muito no processo de desconstrução político/ administrativa do governo. Hoje o país vive sob um exótico parlamentarismo informal. O deputado Rodrigo Maia- presidente da Câmara- é uma espécie de “premier” desse paraíso das bananas.
Bolsonaro, em seu cotidiano, continua agindo como deputado do baixíssimo clero, o que jamais deixou de ser. Não respeita ninguém. Não tem a mínima consideração pela sua equipe de governo. Fritou Gustavo Bebianno em praça pública sem o menor constrangimento. O antigo secretário-geral da presidência da República teve a “petulância” de se desentender com o vereador Carlos, popular Carluxo, o filho 02 do presidente. Jair ainda transformou o pretenso super ministro Sérgio Mouro num zumbi palaciano.
E, mais: meteu o bedelho na política interna de países vizinhos e provocou sérias trapalhadas. O presidente fere o decoro cotidianamente. O “mito” sem causa ainda não compreendeu a extensão do cargo que ocupa.
Os desatinos presidenciais têm um elevado custo político: em 365 dias, o mandatário maior do país perdeu o apoio de 2/3 do seu eleitorado. Uma façanha. Os eleitores anti- PT já não confiam tanto no “ilustre” morador do palácio da Alvorada. Bolsonaro ainda conta com a fidelidade de 1/3 dos eleitores. Essa fração é formada pelos bolsonaristas raiz. Aquela parcela da população fiel ao presidente em quaisquer circunstâncias.
Mas, não se iludam. O ano de 2020 será o Rubicão de Jair Bolsonaro. A sorte está lançada. O chefe de governo (e de estado) terá um caudaloso rio pela frente (ao contrário do Rubicão, que era quase um riacho).
O principal problema atende pelo nome Fabrício Queiroz. A situação do filho 01, senador Flávio Bolsonaro, tende a ficar insustentável. A investigação do Ministério Público carioca entrou numa fase crítica. E tudo está só no começo. E há um fator de alto risco para Jair e seu governo: os R$ 25 mil que o “faz tudo da família” depositou na conta bancária de Michele de Paula, a primeira dama do Brasil.
E tem outra delicada encrenca pela frente. A pergunta que insiste não calar: o que a família Bolsonaro tem a ver com os milicianos cariocas? Essa dúvida será respondidas pelo perigoso 2020.
O capitão pisa em ovos. A fatídica palavra impeachment começa a ser pronunciada claramente nos meios políticos e empresariais. Já pode até ser lida nas páginas dos grandes jornais. Alea Jacta Est.