Publicada em 8/12/2019
A TRAGÉDIA DO CRUZEIRO TEM NOME E SOBRENOME: ZEZÉ PERRELLA
Por: Fernando Silva
A MONUMENTAL CATÁSTROFE DA RAPOSA FOI PRODUZIDA EM DOIS CAPÍTULOS:
CAPÍTULO UM:
A ADMINISTRAÇÃO CAÓTICA DE GILVAN DE PINHO TAVARES
Gilvan de Pinho Tavares sempre foi um inexpressivo advogado do Cruzeiro. O cartola bissexto faz questão de salientar que também foi zagueiro do time azul e branco, nas categorias de base, em algum momento do século passado. Nunca foi visto numa fotografia oficial das equipes estreladas. Pelo estilo pessoal, provavelmente jogou como um Brucutu.
O cartola é dono de uma empáfia singular. Arrogante ao extremo e prepotente no limite do relacionamento humano. O sujeito apresenta uma comunicação sofrível. Fala com muita dificuldade e agride a gramática sem o menor constrangimento. Tavares, uma figura tosca, ganhou a Mega - Sena de sua vida: a presidência do clube.
No comando celeste, porém, revelou-se um gestor administrativamente incapaz, com responsabilidade fiscal sub zero. O possível “beque” de antigamente assumiu a Raposa com um sonho audacioso: se transformar no maior dirigente da história da instituição quase centenária (Cruzeiro completa cem anos em 2 de janeiro de 2021). E partiu para o tudo ou nada.
Teve pragmático sucesso em sua empreitada: conquistou dois campeonatos brasileiros em sequência e uma Copa do Brasil. Essa glória, contudo, é fruto de um calote monumental. Gilvan comprou jogadores a granel, mas deu o tombo em todo o mundo. A dívida cruzeirense foi parar na estratosfera e na Fifa. Um escândalo internacional.
A Raposa está com o nome sujo nos quatro cantos da América Latina. Consequência da molecagem gerencial: Pinho Tavares deixou uma “herança maldita” de quase 400 milhões de reais. Quando assumiu a direção do clube, em 2012, esse déficit estava na casa de R$ 100 milhões.
CAPÍTULO 2:
A GESTÃO DE WAGNER PIRES DE SÁ
Há um crasso erro no título dessa retranca. Por favor. Em lugar de gestão, leia-se indigestão. Afinal, a atual administração do Cruzeiro é privada. Wagner Pires é filho bastardo do casamento da arrogância típica com a onipotência fatal de Gilvan Tavares. A volumosa pança do ex-presidente pariu um par de gêmeos bastardos: Wagner Pires e o “misterioso” Itair Machado (misterioso rima com um vocábulo de origem italiana).
Pires é uma sumidade, um outstanding. Ele alcançou proeza extraordinária, digna de Hércules: conseguiu ser pior que o seu criador (Gilvan Tavares) em tudo e mais alguma coisa. Wagner não herdou nenhuma das raríssimas qualidades de Gilvan, mas assimilou os grotescos defeitos gerenciais do ex-presidente. Resultado: o Cruzeiro migrou das páginas heróicas e imortais para as páginas policiais da mídia nacional.
Qualquer matuto de grotões periféricos fala com mais clareza que a “rainha da Inglaterra” da Toca da Raposa (Wagner nunca passou de uma marionete nas mãos do famigerado Itair). Pires de Sá se comunica por meio de um idioma indecifrável. Mas, o dirigente (sic) azul tem um ponto positivo: ele descobriu que, com a boca fechada, produz maravilhosas poesias.
O cartola de araque conquistou uma Copa do Brasil e jogou um clube vitorioso- com uma dívida superior a meio bilhão de reais- na segunda divisão do futebol tupiniquim. Wagner Pires de Sá entrou definitivamente para o lado obscuro da história do Cruzeiro.
EPÍLOGO
ZEZÉ PERRELLA: O AUTOR, ATOR E PRODUTOR DA GRANDE TRAGÉDIA CRUZEIRENSE
E aqui vai um contexto drummondiano: Perrella pariu Gilvan, que pariu Wagner, que pariu Itair, que pariu Serginho. E todos jogaram o Cruzeiro na lata de lixo do futebol. É quadrilha.
Sim. O ex-presidente do clube e ex-senador José de Oliveira Costa- popular Zezé Perrella- é o grande responsável pelo maior vexame da quase centenária história da instituição do Barro Preto. Perrella foi um dos maiores dirigentes da Raposa, em todos os tempos. Não há dúvida. Em seu currículo há a inédita Tríplice Coroa, por exemplo.
O cartola, porém, errou feio quando se meteu na política. Era suplente de senador (uma maluquice do sistema político brasileiro). Virou titular com a morte de Itamar Franco. Deslumbrado, trocou o Cruzeiro por Brasília. Antes, produziu uma heterodoxia do cão. Inventou o mais improvável dos postes para sucedê-lo na direção da Raposa: Gilvan de Pinho Tavares. Foi desastrosa a opção.
O eterno advogado do Cruzeiro não tinha competência nem para administrar um bordel de beira de rodovia. E isso ficou claro com o passar do tempo. E deu no que deu: o Cruzeiro está falido e na segunda divisão. Então, “Sorry periferia”, como diria o colunista social Ibrahim Sued.
Por: Fernando Silva
A MONUMENTAL CATÁSTROFE DA RAPOSA FOI PRODUZIDA EM DOIS CAPÍTULOS:
CAPÍTULO UM:
A ADMINISTRAÇÃO CAÓTICA DE GILVAN DE PINHO TAVARES
Gilvan de Pinho Tavares sempre foi um inexpressivo advogado do Cruzeiro. O cartola bissexto faz questão de salientar que também foi zagueiro do time azul e branco, nas categorias de base, em algum momento do século passado. Nunca foi visto numa fotografia oficial das equipes estreladas. Pelo estilo pessoal, provavelmente jogou como um Brucutu.
O cartola é dono de uma empáfia singular. Arrogante ao extremo e prepotente no limite do relacionamento humano. O sujeito apresenta uma comunicação sofrível. Fala com muita dificuldade e agride a gramática sem o menor constrangimento. Tavares, uma figura tosca, ganhou a Mega - Sena de sua vida: a presidência do clube.
No comando celeste, porém, revelou-se um gestor administrativamente incapaz, com responsabilidade fiscal sub zero. O possível “beque” de antigamente assumiu a Raposa com um sonho audacioso: se transformar no maior dirigente da história da instituição quase centenária (Cruzeiro completa cem anos em 2 de janeiro de 2021). E partiu para o tudo ou nada.
Teve pragmático sucesso em sua empreitada: conquistou dois campeonatos brasileiros em sequência e uma Copa do Brasil. Essa glória, contudo, é fruto de um calote monumental. Gilvan comprou jogadores a granel, mas deu o tombo em todo o mundo. A dívida cruzeirense foi parar na estratosfera e na Fifa. Um escândalo internacional.
A Raposa está com o nome sujo nos quatro cantos da América Latina. Consequência da molecagem gerencial: Pinho Tavares deixou uma “herança maldita” de quase 400 milhões de reais. Quando assumiu a direção do clube, em 2012, esse déficit estava na casa de R$ 100 milhões.
CAPÍTULO 2:
A GESTÃO DE WAGNER PIRES DE SÁ
Há um crasso erro no título dessa retranca. Por favor. Em lugar de gestão, leia-se indigestão. Afinal, a atual administração do Cruzeiro é privada. Wagner Pires é filho bastardo do casamento da arrogância típica com a onipotência fatal de Gilvan Tavares. A volumosa pança do ex-presidente pariu um par de gêmeos bastardos: Wagner Pires e o “misterioso” Itair Machado (misterioso rima com um vocábulo de origem italiana).
Pires é uma sumidade, um outstanding. Ele alcançou proeza extraordinária, digna de Hércules: conseguiu ser pior que o seu criador (Gilvan Tavares) em tudo e mais alguma coisa. Wagner não herdou nenhuma das raríssimas qualidades de Gilvan, mas assimilou os grotescos defeitos gerenciais do ex-presidente. Resultado: o Cruzeiro migrou das páginas heróicas e imortais para as páginas policiais da mídia nacional.
Qualquer matuto de grotões periféricos fala com mais clareza que a “rainha da Inglaterra” da Toca da Raposa (Wagner nunca passou de uma marionete nas mãos do famigerado Itair). Pires de Sá se comunica por meio de um idioma indecifrável. Mas, o dirigente (sic) azul tem um ponto positivo: ele descobriu que, com a boca fechada, produz maravilhosas poesias.
O cartola de araque conquistou uma Copa do Brasil e jogou um clube vitorioso- com uma dívida superior a meio bilhão de reais- na segunda divisão do futebol tupiniquim. Wagner Pires de Sá entrou definitivamente para o lado obscuro da história do Cruzeiro.
EPÍLOGO
ZEZÉ PERRELLA: O AUTOR, ATOR E PRODUTOR DA GRANDE TRAGÉDIA CRUZEIRENSE
E aqui vai um contexto drummondiano: Perrella pariu Gilvan, que pariu Wagner, que pariu Itair, que pariu Serginho. E todos jogaram o Cruzeiro na lata de lixo do futebol. É quadrilha.
Sim. O ex-presidente do clube e ex-senador José de Oliveira Costa- popular Zezé Perrella- é o grande responsável pelo maior vexame da quase centenária história da instituição do Barro Preto. Perrella foi um dos maiores dirigentes da Raposa, em todos os tempos. Não há dúvida. Em seu currículo há a inédita Tríplice Coroa, por exemplo.
O cartola, porém, errou feio quando se meteu na política. Era suplente de senador (uma maluquice do sistema político brasileiro). Virou titular com a morte de Itamar Franco. Deslumbrado, trocou o Cruzeiro por Brasília. Antes, produziu uma heterodoxia do cão. Inventou o mais improvável dos postes para sucedê-lo na direção da Raposa: Gilvan de Pinho Tavares. Foi desastrosa a opção.
O eterno advogado do Cruzeiro não tinha competência nem para administrar um bordel de beira de rodovia. E isso ficou claro com o passar do tempo. E deu no que deu: o Cruzeiro está falido e na segunda divisão. Então, “Sorry periferia”, como diria o colunista social Ibrahim Sued.