Publicada em 6/6/2016
Justiça mantém ex-secretário de Anastasia e mais 5 presos
O juiz Gustavo Moreira, da Vara Criminal de Frutal, no Triângulo Mineiro, prorrogou a prisão do ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais durante o governo de Antonio Anastasia (PSDB), Narcio Rodrigues (PSDB), e de outras cinco pessoas. Eles foram presos durante a Operação Aequalis, na última segunda-feira (30), por suspeita de envolvimento em desvio de verba pública.
A decisão atende ao pedido do Ministério Público de Minas Gerais. A prisão temporária é de mais cinco dias.
Entre os detidos estão Neif Chala, ex-servidor da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais; Alexandre Pereira Horta, engenheiro do Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais; Luciano Lourenço dos Reis, funcionário da CWP Engenharia Ltda.; e Maurílio Reis Bretas, sócio administrador da CWP Engenharia Ltda. O presidente da multinacional Yser, Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, é considerado foragido.
A defesa de Narcio Rodrigues não vai se manifestar sobre o assunto.
Eles cumprem prisão temporária de cinco dias, cujo prazo termina nesta sexta-feira, sendo prorrogável por mais cinco, na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A operação investiga o desvio de verba pública que deveria ser destinada à Fundação Hidroex, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, entre 2012 e 2014, pasta de Rodrigues comandou entre 2010 e 2014. A fundação desenvolvia, em Frutal, no Triângulo Mineiro, um centro de pesquisas de recursos hídricos. A estimativa é que tenham sido desviados R$ 14 milhões.
Além de ex-secretário, Narcio Rodrigues também foi presidente do PSDB em Minas e deputado federal por cinco mandatos.
O primeiro a ser ouvido foi o empresário português Hugo Alexandre Timóteo Murcho, diretor no Brasil da multinacional portuguesa Yser e da empresa Biotev Biotecnologia Vegetal Ltda. O teor das oitivas não foi divulgado.
De acordo com o Ministério Público Estadual, Hugo Alexandre Timóteo Murcho é diretor da multinacional Yser, que produz material para laboratório. Ele também comanda a Biotev, do mesmo grupo português, que tem sede em São Paulo. A advogada dele não foi encontrada pela reportagem.
A operação encontrou indícios de superfaturamento em vários contratos, dentre eles o de venda de equipamentos. Os promotores querem comprovar que o grupo português cometeu crimes como peculato, corrupção, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O senador e ex-governador Antonio Anastasia não é investigado, segundo o MP. No Grupo Yser, em São Paulo, nenhum diretor foi encontrado para falar sobre o assunto. Uma funcionária informou que Hugo Murcho é responsável pelo setor financeiro. Ela ainda disse que o presidente da companhia, Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, tido como foragido, mora na Europa e não estaria no Brasil.
A decisão atende ao pedido do Ministério Público de Minas Gerais. A prisão temporária é de mais cinco dias.
Entre os detidos estão Neif Chala, ex-servidor da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais; Alexandre Pereira Horta, engenheiro do Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais; Luciano Lourenço dos Reis, funcionário da CWP Engenharia Ltda.; e Maurílio Reis Bretas, sócio administrador da CWP Engenharia Ltda. O presidente da multinacional Yser, Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, é considerado foragido.
A defesa de Narcio Rodrigues não vai se manifestar sobre o assunto.
Eles cumprem prisão temporária de cinco dias, cujo prazo termina nesta sexta-feira, sendo prorrogável por mais cinco, na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A operação investiga o desvio de verba pública que deveria ser destinada à Fundação Hidroex, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, entre 2012 e 2014, pasta de Rodrigues comandou entre 2010 e 2014. A fundação desenvolvia, em Frutal, no Triângulo Mineiro, um centro de pesquisas de recursos hídricos. A estimativa é que tenham sido desviados R$ 14 milhões.
Além de ex-secretário, Narcio Rodrigues também foi presidente do PSDB em Minas e deputado federal por cinco mandatos.
O primeiro a ser ouvido foi o empresário português Hugo Alexandre Timóteo Murcho, diretor no Brasil da multinacional portuguesa Yser e da empresa Biotev Biotecnologia Vegetal Ltda. O teor das oitivas não foi divulgado.
De acordo com o Ministério Público Estadual, Hugo Alexandre Timóteo Murcho é diretor da multinacional Yser, que produz material para laboratório. Ele também comanda a Biotev, do mesmo grupo português, que tem sede em São Paulo. A advogada dele não foi encontrada pela reportagem.
A operação encontrou indícios de superfaturamento em vários contratos, dentre eles o de venda de equipamentos. Os promotores querem comprovar que o grupo português cometeu crimes como peculato, corrupção, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O senador e ex-governador Antonio Anastasia não é investigado, segundo o MP. No Grupo Yser, em São Paulo, nenhum diretor foi encontrado para falar sobre o assunto. Uma funcionária informou que Hugo Murcho é responsável pelo setor financeiro. Ela ainda disse que o presidente da companhia, Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, tido como foragido, mora na Europa e não estaria no Brasil.