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Minas Gerais, , de 2019
Publicada em 15/5/2016

Família procura por duas mineiras desaparecidas na Europa

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      Uma família de Campanário, no Vale do Rio Doce, está a procura de duas irmãs que desapareceram em Lisboa, Portugal. Uma outra jovem também está sumida e os familiares desconfiam do envolvimento de um brasileiro que morava com elas. O drama da família já dura mais de três meses e para ampliar o sofrimento, a mais velha estaria grávida. Polícia Federal e o Ministério das Relações Exteriores acompanham o caso, que é investigado pela polícia portuguesa.

Michele Santana Ferreira, de 28 anos, morava há oito anos no país europeu, junto com um brasileiro que conheceu por lá. A irmã mais nova, Lidiana Neves Santana, de 16, resolveu morar com Michele e viajou para Lisboa em 23 de novembro. Até então tudo estava normal, pois ambas ligavam diariamente para a mãe, Solange Santana Leite, de 50 anos. “Morar em Portugal era o sonho de Michele, ela estava muito feliz. Uma prima a convidou para ir aos Estados Unidos, mas ela recusou. Também me contou que estava grávida de três meses”, afirma Solange.

A capixaba Thayane Milla Mendes Dias, de 22 anos, namorada de Lidiana, também resolveu mudar para Portugal e comprou passagem para 28 de janeiro. Foi quando a história começou a virar um filme de terror. Ainda no Aeroporto de Confins, Thayane ligou para Michelle pois foi procurada por um homem que ofereceu 450 euros emprestado para que ela utilizasse na viagem. O companheiro de Michelle, Dinay Alves Gomes, autorizou a operação. “Thayanne é uma moça boa, ficou várias vezes aqui em casa. Elas se conheceram em Teófilo Otoni. Era extrovertida, mas muito inocente, meu Deus”, diz Solange, que é auxiliar de serviços gerais numa escola municipal de Campanário.

No dia seguinte, a mulher notou mudança no comportamento das filhas, pois a mais velha passou a se comunicar apenas por WhatsApp. Em 2 de fevereiro a conta das três foi desativada no Facebook. “Ainda fiquei conversando até 11 de fevereiro com Michele por mensagens, mas desconfiei que não era ela, que me ligava quase todo o dia. Alguém estava usando o telefone da minha filha”, lembra.

Solange acionou uma amiga de Michele que também mora em Portugal. Ela foi até casa e só encontrou o companheiro, que disse que as três teriam ido para a Inglaterra. Essa amiga deu queixa do desaparecimento à polícia portuguesa.

Em 29 de fevereiro, Dinay mandou uma para Solange. O homem retornou ao Brasil, abandonando um emprego estável em Lisboa. “Ele me disse que elas estavam bem e que foram para Londres”, diz. A mulher procurou a Polícia Federal e deu queixa do ex-companheiro da filha. “A policia ouviu o depoimento, repetindo a mesma história e deixou ele ir. Desde então desapareceu, um absurdo”, desaba.

Há mais de três meses sem notícias, Solange e o filho mais velho, Vinícius, de 30 anos, pretendem ir para Portugal para tentar localizar alguma pista, contratar um advogado e investigador particular. “Fizemos campanha com amigos e parentes e já temos o dinheiro das passagens. Agora falta uma verba para nos mantemos láo tempo que for necessário”, conta. E apesar da falta de informações, ela não desiste de encontrá-las.

“Não dá para imaginar o que sinto. Mas coração de mãe não se engana. Vivas, eu sei que elas estão. Agora, onde, cabe a polícia descobrir. Sinto que eles precisam de um empurrão. Ninguém pode sumir assim sem dar notícia”, desabafa. Uma campanha foi criada por amigos nas redes sociais para buscar informações sobre o triplo desaparecimento. Uma vaquinha virtual ajuda ainda para arrecadar mais fundos para a viagem da família.

O Itamaraty confirma e acompanha o caso desde fevereiro. De acordo com autoridades migratórias portuguesas e britânicas, não há registro de saída delas nem em terras lusitanas nem a entrada no território britânico. As autoridades de Portugal estão investigando o desaparecimento e o Itamaraty está em contato com as famílias.


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